Em sua primeira Olimpíada, Flávia Saraiva vai às finais da trave e do individual geral

Ginasta de 16 anos conquista a segunda melhor nota da carreira em seu principal aparelho e fica entre as 24 atletas mais completas da competição; seleção feminina volta a disputar a final por equipes

07.08.2016  |  178 visualizações
Rio de Janeiro - Flávia Saraiva disputará três finais em sua primeira Olimpíada. A ginasta de 16 anos e 1,35 m, que encantou o público na Arena Olímpica do Rio, estará na decisão por equipes, na terça-feira (9/8/2016); do individual geral, na quinta-feira (11); e da trave, na segunda-feira (15).

Flávia saiu satisfeita com o resultado e, além da boa performance no ginásio, também alcançou outro objetivo: dar alegria aos torcedores. "Acho que consegui. Eu tentei dar o meu máximo e trazer muita alegria para esse ginásio", disse. "Foi uma emoção muito grande, porque treinei muito para chegar aqui. É a minha primeira Olimpíada, a primeira de muitas."

Junto de Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Rebeca Andrade e Lorrane Oliveira, Flávia não sentiu a pressão de começar a competir no mais difícil aparelho da ginástica feminina, a trave. Mantendo a regularidade apresentada na temporada, a brasileira passou pela série sem grandes desequilíbrios e conquistou a segunda maior nota da carreira, 15.133 - a melhor apresentação foi na Copa do Mundo de Baku, em fevereiro, quando recebeu 15.150 na qualificação. "Eu não fiquei muito nervosa porque estou muito bem treinada. Estava concentrada e deu tudo certo."

Ao fim da terceira subdivisão, na qual estava o Brasil, Flávia era a atleta de melhor nota na trave. Após a passagem de todas as competidoras, ela garantiu a vaga com a terceira posição, atrás das americanas Simone Biles (15.633) e Lauren Hernandez (15.366). Eu não quero colocar muita expectativa na trave. Estou tentando fazer meu melhor. Se conseguir uma medalha, vai ser uma alegria muito grande."

Depois da trave, Flávia fez o solo - recebeu a nota 14.033 com a série inspirada no rock dos anos 50, que levantou a torcida -, passou pelo salto (14.633) e enfrentou uma queda logo no início da série nas paralelas assimétricas. Amparada pelo técnico Alexandre Carvalho, o Cuia, retomou a rotina no aparelho e finalizou com 12.733. "Mesmo com a queda, consegui terminar a prova. Isso não me atrapalhou e eu consegui uma nota razoável".

Na soma dos resultados, Flávia alcançou 56.532, ficou na 19ª posição e se garantiu entre as 24 melhores atletas do individual geral, junto com Rebeca Andrade. O bom desempenho da ginasta ajudou o Brasil a se classificar para a final por equipes mais uma vez (disputou em Pequim-2008) com o quinto lugar (174.054).

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