Vôlei São Caetano

Dayana Segovia, de 22 anos, da seleção da Colômbia vive o sonho de jogar no Brasil

Oposta do São Cristóvão Saúde/São Caetano é uma das estrangeiras na temporada 2018/2019 e a quarta maior pontuadora em sua primeira Superliga Cimed Feminina de Vôlei

19.12.2018  |  335 visualizações

A colombiana Dayana Segovia, oposta, de 22 anos e 1,84 m, realizou o desejo que sempre expressava para as amigas do esporte de jogar vôlei no Brasil. Jogadora da seleção da Colômbia, comandada pelo técnico brasileiro Antonio Rizola, aceitou o convite para jogar no São Cristóvão Saúde/São Caetano na Superliga Cimed Feminina de Vôlei 2018/2019 e é uma das estrangeiras da competição. Dayana levou o Troféu Viva Vôlei na vitória contra o Balneário Camboriu, marcou 28 pontos na partida contra o Sesi Vôlei Bauru e está em quarto entre as pontuadoras da competição, com 120 pontos (antes do jogo contra o Pinheiros).

Dayana Segovia nasceu no município de Turbaco - Bolivar, na Colômbia, onde começou a jogar aos 14 anos num clube pequeno. "Uma vizinha jogava e me convidou para ir também. No início, eu dizia que não. Ela me chamou várias vezes, até que fui, gostei e fiquei", conta. Jogou a temporada de 2015/2016 no Boca Juniors, Argentina, em 2016/2017 no Kangasala, na Finlândia, e em 2017/2018 no Rote Raben Vilsbiburg, na Alemanha. "Eu acompanhava pela internet os jogos da superliga e gostava de ver que os ginásios tinham público e o jogo era muito bom, bem competitivo. Falava para as minhas colegas que queria jogar no Brasil."

Não tem time de futebol. Gosta mesmo de softbol - tem tias que jogam e a mãe, Nubia, também praticou a modalidade - e beisebol. Sua comida favorita é arroz de coco com peixe frito - o técnico Rizola disse que ela cozinha bem este prato -, gosta de séries, filmes e música e de sair para o shopping. A estrangeira está bem adaptada a São Caetano do Sul, uma cidade "pequena como onde vivia".

O treinador Rizola contou que quando chegou na Colômbia a jogadora já estava no grupo do Mauro Marasciulo, um brasileiro que iniciou o processo de formação de uma geração que chegou ao vice-campeonato sul-americano sub-23 - perdeu só para o Brasil - e tinha perspectivas de crescimento. A Dayana era a primeira reserva como oposta, quando as referências na posição, dentre elas Madelaynne Montaño, decidiram não jogar mais.

"No problema surgem as oportunidades e a Dayana teve a chance de ser titular da seleção. Foi destaque, apareceu para o mundo, fez um Grand Prix espetacular, no Sul-Americano, contra Brasil, Argentina, Peru... foi sempre uma das maiores pontuadoras, mostrou personalidade e que é uma pessoa muito boa. Ela tem qualidade como ser humano, ajuda as pessoas, fala pouco, fica no lugar dela, sempre se cobra. Já havia manifestado o interesse de jogar no Brasil. No ano passado, eu tinha indicado a Maria Alejandra para a Superliga B e quando tive a possibilidade de trazer a Maria Alejandra para cá e uma segunda estrangeira ela foi a primeira pessoa em quem eu pensei", contou Rizola. O treinador disse que as duas atletas também poderão evoluir muito no Brasil levando essa qualidade para a seleção da Colômbia.

"No jogo contra o Bauru Dayana fez 28 pontos - nunca fez 30 pontos em uma partida, está evoluindo. Teve uma partida em que não foi bem, mas agora ela está aprendendo", completou o técnico.

Você está adaptada a São Caetano do Sul?

Dayana - É uma cidade tranquila, gosto muito de viver aqui. Me adaptei muito fácil, acredito que é porque é um lugar muito parecido com minha cidade na Colômbia. As pessoas me acolheram bem. Estou muito tranquila aqui.

E com o time? Você já foi a maior pontuadora em um jogo, ganhou o Viva Vôlei em outro, tem 120 pontos na competição, 4ª pontuadora (antes do jogo com o Pinheiros).

Dayana - Eu creio que já me adaptei ao time, estou fazendo o meu jogo, como tem de ser, tranquila. Sinto em meu papel é ajudar a equipe. Se uma não está bem a outra tem de dar 110% por cento, um pouquinho mais, para ajudar as companheiras. Estou muito feliz por ter ganhado o Viva Vôlei - sei que só uma ganha e é difícil de conseguir. E quanto a ser a maior pontuadora da equipe... Não penso nisso. Sigo trabalhando, treinando, fazendo todas as coisas que tenho de fazer para ajudar o time, o que é o principal.

Como é sua relação com o Rizola, na seleção da Colômbia, no clube. Você cresceu sob o comando técnico dele?

Dayana - Isso tem sido fundamental para mim, para o meu crescimento como atleta, foi quem me deu confiança na seleção, me escalou como titular e creio que tenho de mostrar que merecia a função jogando bem, tanto na seleção quanto aqui também, no Brasil. Ele me deu essa confiança e vejo um treinador e um pai para mim. Estou muito feliz por ter ganhado dele esta confiança e vou dar o melhor de mim e agradecer a oportunidade que tenho.

Você sempre dizia para as amigas que queria jogar no Brasil porque assistia pela internet e via um vôlei forte e competitivo.

Dayana - Estou feliz, porque sei que chegar aqui não é fácil. Esta liga é muito dura, competitiva, e eu sempre me imaginei jogando aqui. Sei que aqui tenho uma oportunidade! Devo dar graças a Deus por ter realizado o meu sonho de estar aqui e o que posso fazer é aprender o máximo com todas as jogadoras, em cada partida, em cada treino e colocar em prática na minha vida como atleta.


Dayana Segovia

Dayana - Camisa 3

Posição: Oposta

Data e local de nascimento: 24/3/1996, Turbaco Bolivar (COL)

Altura e peso: 1,84 m, 60 kg

 

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