Vôlei São Caetano

São Cristóvão Saúde/São Caetano foi escola para jovens atletas na Superliga

A oposta Kisy e a central Lia são jogadoras que tiveram a oportunidade de vivenciar o competitivo torneio de vôlei feminino, em treinos e jogos da equipe principal

05.03.2019  |  79 visualizações

São Caetano do Sul - A oportunidade de disputar o mais importante campeonato adulto de vôlei feminino do Brasil - com apenas 12 equipes - é reservada a poucas atletas. Mas o São Cristóvão Saúde/São Caetano, que tem trabalho de base e tradição, teve um papel educacional na Superliga Feminina de Vôlei para caçulas como a oposta Kisy Cesário do Nascimento, de 19 anos, 1,89 m e 80 quilos, e a central Lia, 18 anos, 1,85 m e 66 quilos, ambas da categoria infanto-juvenil. O time tinha também Karina, 21 anos, Diana, 20, Duda, 19 e Paulina, 19, jovens atletas que disputaram a competição e comemoram a evolução terminada a temporada.

O São Cristóvão Saúde/São Caetano encerrou participação garantindo vaga para a 26ª edição da Superliga em 2019/2020. Terminou a competição em 10º lugar, evitou o rebaixamento e manteve a tradição de disputar todas as edições do torneio - esteve em 25 das 25 Superligas realizadas pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Apenas mais duas equipes, os clubes Pinheiros e Minas Tênis, têm essa mesma presença no torneio.

Kisy foi descoberta por um professor na Escola Estadual Alberto Francia Gomes Martins, ganhou bolsa para estudar e jogar pelo Colégio Nelson Gaspar, ambos em Santo André, e depois vista nos Jogos Escolares por um árbitro e indicada para São Caetano, aos 13 anos, em 2013. A atleta é pura felicidade com a chance que teve de competir com a equipe principal. Kisy treinou, viajou com o grupo e entrou em quadra.

“Sei que são poucas as meninas que tiveram esta oportunidade, ainda mais sendo infanto-juvenil. Evolui muito no controle de bola, na frequência e também no aspecto psicológico, de ter mais concentração. Estou muito feliz com a oportunidade que tive porque pude vivenciar os dois mundos, o do adulto e o da minha categoria.”

Guarda com carinho as medalhas que ganhou em seu primeiro ano de vôlei, em 2013, bem como a do vice-campeonato paulista juvenil conquistado este ano com o São Cristóvão Saúde/São Caetano. "Tudo o que eu sei até hoje aprendi aqui, nunca joguei em outra equipe e aqui eu evolui demais." Em 2018, Kisy foi convocada para a seleção brasileira juvenil que foi campeã sul-americana e não esquece a emoção de ouvir o Hino Nacional na entrega das medalhas. 

O técnico Fernando Gomes, que conhece Kisy desde 2013, diz que os fundamentos foram trabalhados desde o comecinho. "Ela já era alta, a rede para a categoria é mais baixa e ela nem saltava para atacar. Foi preciso insistência para ela fazer a passada, aprender a se posicionar no bloqueio e agora, a parte final, que é a defesa – não colocar o joelho no chão, saber rolar."

Nas categorias iniciante e pré-mirim Kisy sempre foi o destaque do time, mas foi subindo de categoria que conheceu as dificuldades do esporte e buscou evolução. Em 2017 foi titular do juvenil no primeiro ano de infanto. Disputou o Paulista Juvenil, que é bem forte. Em 2018, já entrou no adulto em um jogo da Copa do Brasil, em Uberlândia. "Tem de aproveitar, pegar os bons exemplos, saber o que precisa saber, conseguir separar o que não é bom para a carreira de atleta e dar sequência na evolução. Tem de saber sair da dificuldade. Tem jogadora que tem de vôlei o que ela tem de idade", afirma Fernando.

Lia começou a jogar no Clube Ary De Von, de Mauá, aos 10 anos. Parou um pouco, voltou em 2014 e no ano seguinte (2015) num jogo de Mauá contra Guarulhos foi vista e convidada para atuar no São Cristóvão Saúde/São Caetano por uma técnica do infantil. 

Foi chamada para integrar os treinos do adulto na Superliga. "Eu sou muito nova e não tenho a mesma noção e vivência que a Kisy tem. Eu tenho muito para aprender." Dayse e Flávia, com quem jogou a temporada, eram os 'espelhos', assim como Carol Gattaz e Walewska, centrais como ela.

O técnico Antonio Rizola acrescenta que 9 jogadoras do time que disputou a temporada 2018/2019 fizeram parte da base. "Infelizmente, hoje no Brasil são poucos os clubes que mantém esse trabalho de base. Há um esforço muito grande aqui e a cidade se manteve por 25 anos da Superliga por ter um histórico de base."

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